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Campeonato de Ciência e Escrita Criativa

Partindo da leitura de um título da coleção "O Clube dos Cientistas" de Maria Francisca Macedo, duas turmas de 3º ano, escolheram uma situação problema e procuraram uma solução. A solução foi verificada através de uma experiência científica que foi preparada pela Biblioteca Escolar e uma professora de Biologia e Geologia. Foram criadas as fichas de protocolo, onde a experiência foi registada em texto e imagem.

As experiências
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Os nossos documentos

Planificação PDF

Ficha Protocolo PDF

Os nossos Textos
Papel reciclado

Nº13 Ataque Pré-histórico

Ovos misteriosos

 

...Olha só o tamanho deste bicho! Até parece que...

            Mas a Catarina não teve tempo de terminar a sua ideia porque, nesse preciso momento, os dois irmãos chocaram um com o outro, desequilibraram-se e caíram sobre a mesa onde estavam expostos três raríssimos ovos de dinossauro. O ovo central, o maior e mais bem conservado deles todos, abanou violentamente e escorregou do seu pedestal, caindo dentro de um grande aquário que continha corais e fósseis de trilobites e amonites daquele período da nossa história.

            - Carlos, Chico, o que é que vocês fizeram ?! - ralhou a Catarina, com as mãos na cabeça!

            - Mas nós não tivemos culpa! - respondeu o Chico, ao mesmo tempo que os outros ovos rebolaram, lentamente, para dentro do aquário.

            Os alarmes tocaram imediatamente e dois seguranças entraram, rapidamente, na sala para     verificarem o que tinha acontecido. A Catarina pegou nos irmãos e arrastou-os até ao jardim.

            - Estás bem, Carlos? Ficaste branco de repente!

            - Não, não estou nada bem! Vocês viram o que aconteceu aos ovos?

            - Mas ficou tudo bem! Os ovos ficaram inteiros e ninguém se magoou – disse a Catarina.

            - Aí é que está! Não está nada bem! Vocês não viram que os ovos não foram todos ao fundo! – exclamou o Carlos.

            - Não foram todos ao fundo? O que queres dizer com isso, Carlos?

            -Não repararam que apenas um dos ovos ficou à superfície e que um dos que foi ao fundo era muito pequeno? Os ovos devem ser falsos!

            - É verdade … tens razão!!!! Mas como poderemos provar que alguns dos ovos são falsos? - perguntou a Catarina.

            O Carlos pensava e coçava na cabeça a tentar encontrar uma solução.

            - Já sei e que tal fazermos o truque da nossa avozinha! -disse o Carlos todo entusiasmado! -Vamos precisar de uma tina de vidro, dos ovos e de água.

            - E o que fazemos com tudo isso? – perguntou o Chico!

            - Colocamos a água na tina de vidro. Com cuidado colocamos os ovos na tina e observamos o que acontece!  Se o ovo de dinossauro for ao fundo, é um osso fossilizado, porque os dinossauros viveram em tempos anteriores ao nosso e não existem atualmente. Os ovos de dinossauro que encontramos estão fossilizados, isto é, transformaram-se em rocha. Quando os colocarmos na tina de vidro com água vão ao fundo, pois são muito pesados.

            - Então, e os outros dois? – perguntou a Catarina.

            - Com os outros dois fazemos o truque da avó! Ao colocarmos o ovo na água, se ele estiver fresco, é mais pesado e vai ao fundo, se ele estiver estragado é mais leve e vai flutuar! – explicou o Carlos todo concentrado.

- Mas que excelente ideia…. Só mesmo tu para te lembrares de uma coisa destas! – disse a Catarina.

- Mas agora pergunto eu, como vamos conseguir entrar no museu e ter acesso aos ovos??????

 

3º B

Escola Básica Mário Beirão

Agrupamento de Escolas nº 2 de Beja

Papel reciclado
 Nº2 Um Estranho Caso na Quinta
O desaparecimento

De manhã, bem cedo, apressaram-se para voltar à quinta. Entusiasmados, o Chico e o Carlos apanharam o autocarro, pois o seu pai, que era muito dorminhoco, não os conseguiu ir levar.

Quando chegaram à quinta não encontraram a Carbono e os seus cachorrinhos.

– Será que alguém os levou? – perguntou o Chico.

– Não me parece! Eles são muitos! – respondeu o Carlos confiante.

Os gémeos pensaram que alguém tinha afugentado os cães. Então, dirigiram -se até ao guarda e questionaram sobre a ausência da Carbono e dos seus seis filhotes. Assim que o guarda os viu começou logo a pensar em problemas «Ai, estes moços! O que farão aqui?!».

– Bom dia, senhor guarda! - cumprimentaram os irmãos em uníssono.

– Então moços, eu lembro-me bem de vocês! – diz o guarda com um grande sentimento de preocupação.

Os gémeos ficaram corados com o comentário do guarda. O Chico encheu-se de coragem e perguntou-lhe:

– Senhor guarda sabe nos dizer onde está a Carbono e os seus cachorrinhos?

– Não, eu não os vi.

–   Que chatice! Acho que devemos ir procurá-los. – disse o Carlos preocupado.

Os gémeos iniciaram a busca da Carbono e dos seus seis filhotes. Lembraram-se do barracão e foram lá à procura dos animais. Não encontravam naquele sítio. Seguidamente, foram na direção da horta e nada de cachorrinhos e da Carbono. Continuaram a sua missão em busca dos animais desaparecidos.

– Olha mano, o que está no chão! – exclamou o Chico num tom de voz entusiasmante.

Os dois irmãos aproximaram – se e verificaram que eram pelos dos cachorros. Uns pelos eram castanhos, outros brancos, amarelos e alguns vermelhos.

– Isto são pelos vermelhos? – perguntou o Chico.

– Sim, são pelos repletos de sangue. – afirmou o Carlos com certeza de que tinha havido um acidente com os animais.

– Tens a certeza?

– Sim, Chico é sangue! Queres que eu te mostre? Podemos utilizar água oxigenada! Para confirmar se os pelos são da Carbono e dos cachorrinhos já é mais complexo.

O Carlos, sem pensar duas vezes, tirou da mochila os seus equipamentos de cientista. Ele tirou os seguintes materiais: uma caixa de petri, uma garrafa com água oxigenada, uma pipeta, um par de luvas e uma pinça.

Começou por colocar as luvas, segurou na pinça e com ela pegou nos pelos dos cães e colocou-os na caixa de petri. Seguidamente, deitou por cima dos pelos umas gotas de água oxigenada.

– Queres ver borbulhar, Chico?- perguntou o Carlos ao seu irmão,  num tom que indicava a sua certeza absoluta de que era sangue.

Contrariando a sua ideia inicial, a cor vermelha começou a sair dos pelos. Nada de borbulhas.

- Não vês, Carlos! Não há motivo para ficares preocupado! Isto não é sangue!

- Pois, não é sangue! Isso aí é tinta. Ela está a sair dos pelos! – exclamou o Carlos, num tom mais aliviado.

Uma certeza já eles tinham, a cor vermelha dos pelos era tinta e não sangue. Também estavam certos da incerteza do paradeiro da Carbono e dos seus seis filhotes.

Continuaram a sua investigação e seguiram em direção à fonte natural de água. Lá, encontraram pequenas pegadas vermelhas no chão e pensaram que eram dos cachorrinhos. Seguiram as pegadas vermelhas que os levaram até a uma casinha de madeira. Pela janela espreitaram e viram que a casa tinha lá dentro vários utensílios e materiais de pintura: pincéis, latas de tinta, telas…. Contornaram a casa e a porta entreaberta convidou-os a entrar.

Os gémeos, sorrateiramente, entraram na casa de madeira. Pé ante pé, foram observando o interior daquele espaço. Parecia um atelier de pintura.

Assim que olharam para o chão de um dos cantos da casa, viram um tapete com um cobertor que se mexia. Foram ver o que era. O Chico levantou uma ponta da manta e viu uma das patinhas de um dos cachorrinhos. Olharam um para o outro e sorriram de alegria, levantando a grossa manta, onde estavam mãe e filhos adormecidos.

A Carbono levantou a cabeça e com o seu focinho vermelho foi dar uma lambidela ao Chico e outra lambidela ao Carlos.

O mistério tinha sido revelado. A Carbono e os filhotes tinham encontrado um hotel de cinco estrelas para passarem a noite, escolhido talvez pelo conforto que o espaço oferecia, como a quentinha manta alentejana que os aqueceu e serviu de cama naquela noite. Ah!... e sem esquecer as tintas que serviram de maquilhagem para os doces e meigos animais.

Como já era tarde, os gémeos regressaram a casa e contaram tudo aos pais e ordenaram que os fossem visitar todos os sábados.

Texto coletivo da turma D do 3.º ano

Centro Escolar S. João Batista

Escola Básica Mário Beirão

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